“Tentar o impeachment de um ministro do supremo é rasgar a constituição”, diz jurista

Lênio Streck adverte sobre os riscos de um impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

“Tentar o impeachment de um ministro do supremo é rasgar a constituição”, diz jurista

Na última edição do programa Giro das Onze, da TV 247, o jurista e professor Lênio Streck fez uma análise da atual situação política do Brasil. Em meio a discussões sobre a possibilidade de a extrema-direita pedir impeachment do ministro do  Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Streck destacou a gravidade desse cenário. "Um impeachment contra Moraes é um novo oito de janeiro", afirmou Streck, referindo-se ao episódio que marcou a invasão do Capitólio nos Estados Unidos, ocorrido em 2021. Streck argumentou que o impeachment de um ministro do Supremo representaria uma afronta à Constituição. "Estamos esquecendo o principal: passamos por uma tentativa de golpe", ressaltou o jurista. Ele criticou o fato de que, enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro não enfrenta processos ou denúncias. O jurista expressou sua preocupação com o fortalecimento da extrema direita e suas consequências. "Estou extremamente preocupado e pessimista com tudo isso. O pessimista é o sujeito que, talvez, enxergue melhor as coisas que estão acontecendo", ponderou. Streck também destacou a fragilidade do Senado diante de um possível pedido de impeachment contra Moraes. "O senado não tem como se defender de um pedido de impeachment de Moraes", observou. Ele ressaltou a falta de capacidade de resposta diante dessa situação delicada. Em suas considerações, Streck lamentou a falta de repercussão sobre questões importantes, como a delação 'sherazade do Mauro Cid, que não termina nunca’ . "Isso não tem nenhuma repercussão", apontou. Ele destacou que é necessário estar atento às consequências de eventos políticos que, muitas vezes, só se revelam posteriormente. Diante do atual contexto político, Streck expressou o cansaço com a situação e a falta de perspectivas. "Estamos cansados. Nós sempre conciliamos, mas nunca tivemos uma extrema direita tão forte", afirmou. Ele alertou para a necessidade de se manter vigilante diante dos desafios que o país enfrenta.

Informações: Brasil 247/ Franciolli Luciano Jornalista filiado a ACEJI e abraji registro profissional MTB Nº 0003901.

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